PROFº. RONALDO: PROJETO - LIXO: O QUÊ FAZER?

domingo, 25 de setembro de 2011

PROJETO - LIXO: O QUÊ FAZER?

O Projeto Lixo: O quê fazer? nvolveu os alunos como um todo. eles fizeram com muito entusiasmo e foi um desafio vencido com muito louvor.

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Pedagogia da Autonomia – Paulo Freire

Ensinar, segundo Paulo Freire, é uma exclusividade do ser humano. Para que esses ensinos sejam eficientes o professor progressista deve ter a seu dispor uma gama de conhecimentos e segurança acerca desse conhecimento. A autoridade deve ser usada com moderação e sabedoria. O educador deve despir de sua arrogância de sabe tudo, reconhecer diante de seus alunos quando desconhece algo. O professor deve cultivar a terra de seu jardim interior para que brote dentro de si, a generosidade, o amor, a paciência e a tolerância.

O professor que constrói sua própria autonomia é capaz de estimular seus alunos a também construir sua autonomia. Isso se dá através do estimulo para que o aluno aprenda a tomar decisões, e a refletir sobre as conseqüências resultantes da tomada de decisão.

A educação não deve ser apenas uma reprodução de uma ideologia, como também não serve somente para desmascarar uma ideologia dominante. A educação tem de, acima de tudo, proporcionar ao educando a capacidade de ser um observador, analisar os fatos antes de inferir seu parecer, avaliar, fazer escolhas, tomar decisões com eticidade, sem a intenção macabra de perseguir ou humilhar.

A prática docente não deve basear-se apenas ao ensino do conteúdo. O professor deve viver o que ensina, seu testemunho de vida diante dos alunos exerce influências no educando, tanto positiva quanto negativa.

O educador não é dono da verdade; embora numa posição de aprendiz o aluno sempre tem algo a ensinar ao mestre. A comunicação tem de ser clara entre docente e discente. E esta comunicação só terá êxito se o professor ao ensinar com clareza o conteúdo, estimular o aluno a ir além dos conteúdos ensinados, levá-lo a utilizar sua inteligência com criticidade para a compreensão de algo.

Para que haja essa compreensão por parte do aluno o professor precisa aprender a ouvi-lo. Ouvir suas dúvidas e limitações, ouvir o silêncio dos alunos mais tímidos, ouvir os mais agitados, e, só assim poderá instigá-lo a crescer e a aprender.

O pensamento progressista não asfixia a liberdade, não bloqueia a criatividade do educando. É contrária a padronização de idéias, não encara os fatos como algo consumado. Defende a luta em favor dos miseráveis e recusa a fatalidade como o fim de tudo. Estimula a luta de professores e alunos pela justiça; a não baixar a cabeça ante a globalização, onde, uma minoria dá as ordens que devem ser cumpridas pelos demais.

A educação progressista busca a valorização do ser humano, independentemente de sua cor, classe social, raça e opção política. Ensina-nos: a brilhar, sem ofuscar o brilho do outro; o respeito ao próximo e a nós mesmos; uma busca frenética da humildade, tolerância e alegria.

A Pedagogia da Autonomia me ensina a viver de forma humana; a aderir ações que são inerentes ao ser humano. Para desfrutar plenamente da vivência humana, para relacionar-me bem com os demais seres humanos, preciso entender que a minha cor, o meu status social, o meu dinheiro, a minha inteligência, não me colocam em cima de um pedestal; não me colocam numa posição de superioridade em relação aos outros.

Paulo Freire me ensina que somos meros humanos e não deuses, detentores do poder, portadores de autoridade que humilha os mais fracos. Com Paulo Freire, aprendo a ser “humana”, totalmente “humana”.

Rosilene P. S. Neves - Pedagogia – 2º B